terça-feira, 15 de outubro de 2013

Das manifestações pacíficas ao mais puro terrorismo


As manifestações de rua, iniciadas em junho de 2013, já passaram por vários estágios.
Inicialmente, manifestantes de esquerda, do Movimento Passe Livre (MPL), começaram a “desfilar” em São Paulo (e também em outras cidades, como Porto Alegre), para azucrinar o governador Geraldo Alckmin. Como todos sabem, é ponto de honra para o PT eleger Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde, como futuro governador de São Paulo. É uma aposta pessoal de Lula, como foram os “postes” Dilma Rousseff e Fernando Haddad. E o ministro está bastante visível na mídia, principalmente devido ao Programa Mais Médicos - com destaque para os milhares de “companheiros” contrabandeados de Cuba.
O mote foi o "Passe Livre", ou seja, a exigência de transporte gratuito para os estudantes. Na ocasião, o MPL era contra o aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus em São Paulo. Tanto o governador Alckmin, quanto o prefeito Haddad, caíram na arapuca e anunciaram que não haveria mais aumento. Resultado: Haddad irá aumentar o IPTU, em 2014, em até 50%, para cobrir o rombo.
Nessa primeira fase das manifestações, houve ações de vândalos, que foram combatidos com vigor pela polícia. A esquerda acusou a polícia de ser violenta - com apoio irrestrito da mídia, já que alguns jornalistas ficaram feridos durante as manifestações. Outros prefeitos, Brasil afora, também suspenderam o aumento das passagens de ônibus. Ficaram todos reféns de arruaceiros.
Num segundo momento, os esquerdistas do MPL perderam a condução das manifestações. Foi quando o povo apareceu em massa, centenas de milhares, em várias capitais, especialmente estudantes de classe média, que faziam questão de não se vincular aos partidos políticos, expulsando os que conduziam bandeiras vermelhas do stalinismo, como as do PT, PSTU, MST e congêneres, rasgando e queimando muitas delas. Os cartazes que os manifestantes carregavam foram bem significativos: críticas aos políticos, aos serviços de Saúde, à Educação, aos transportes precários, à corrupção, aos gastos bilionários com a Copa etc. A esquerda se sentiu acuada e começou a acusar os manifestantes como sendo da "extrema direita" - o que faz até hoje, com o apoio da mídia em geral, incluindo a jornalulista Tereza Cruvinel no Correio Braziliense. E olha que as cruzes suásticas que apareceram na avenida foram carregadas por esquerdistas acusadores, não pela dita “extrema direita”. Era a máxima de Lênin sendo colocada em prática: “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”.
Depois da suspensão do aumento das passagens de ônibus, os esquerdistas do MPL em São Paulo deram por encerradas as manifestações, mas por pouco tempo, e logo continuaram os protestos, junto com os sem-teto na periferia da cidade, contra o “latifundiário rural e urbano”. Como se comprovou, caíram as máscaras dos farsantes do MPL, que na verdade não lutam pelo passe livre, mas pela implantação do comunismo no Brasil. Nessa ocasião, Lula convocou uma manifestação-pelego em São Paulo, para mostrar força, mas que se revelou um tremendo fracasso. O objetivo, como sempre, foi atentar contra o governo de Geraldo Alckmin. Na mesma época, que também incluíram manifestações contra Sérgio Cabral, governador do Rio, as passeatas eram essencialmente pacíficas, mas, invariavelmente, terminavam violentas, por conta de carbonários mascarados do Anonymous tupiniquim e dos Black Blocs, de anarquistas e outros – com o apoio ostensivo dos também esquerdosos Fora do Eixo e Mídia Ninja, cujos líderes, como Pablo Capilé, são amigos de longa data de autoridades petistas.
Junto com as manifestações populares, afloraram as intenções bolivarianas de Dilma Rousseff. Primeiro, foi a pretendida convocação de uma Constituinte exclusiva, para reforma política, a qual foi enterrada em menos de 24 horas. Depois, foi sugerido um plebiscito urgentíssimo, para tratar da mesma reforma política, que deveria ser realizado ainda em 2013, antes de outubro, de modo a valer para as próximas eleições, em 2014. Essa proposta também foi para o beleléu, ainda bem, pois iria apenas desperdiçar dinheiro público, via TSE. Por que não colocar em plebiscito algumas questões realmente essenciais para o Brasil, como a menoridade penal e – por que não? - a pena de morte para crimes hediondos, junto com as eleições de 2014, como fazem os EUA regularmente, sem acréscimo de despesas?
E quem Dilma recebeu de braços abertos no Palácio? Dentre os manifestantes, apenas os líderes dos baderneiros esquerdistas, como o MPL. A presidente afirmou que as “manifestações ajudaram a melhorar a vida do brasileiro”. É verdade. A vida dos vidraceiros e dos fornecedores de tapumes melhorou muito, com a reposição milionária desses materiais depois da ação dos chamados vândalos, que na verdade não passam de terroristas em estado puro.
Aí, veio o pulo do gato do PT: o Programa Mais Médicos, que meses antes havia sido descartado pelo governo, no dizer do pinóquio Alexandre Padilha. Esse programa atenta contra a legislação trabalhista, já que os escravos cubanos de jaleco branco – a maioria do contrabando importado – irão receber apenas uma pequena parcela do salário, em torno de 7%, sendo que a maior parte, a do leão, irá para os cofres da ditadura cubana, de modo a fortalecer o regime comunista-terrorista da Ilha. Com essa patifaria, serão enviados cerca de R$ 1,3 bilhão para Cuba nos próximos 3 anos e ninguém deve se surpreender se parte desse valor bilionário voltar ano que vem ao Brasil, para “bombar” a campanha da reeleição de Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, esses médicos de péssima formação (se é que realmente são médicos) irão para as regiões mais pobres do Brasil, no interior e na periferia das metrópoles, para fazer proselitismo comunista justamente junto à população analfabeta e mais carente. Com a falta de médicos brasileiros voluntários para trabalharem nessas regiões pobres, o governo petista, maquiavelicamente, conseguiu colocar a população pobre contra a classe médica. Afinal, é fácil convencer um analfabeto que os médicos brasileiros são interesseiros e que os cubanos são solidários e amigos dos pobres, já que deixaram o conforto do paraíso de Cuba para trabalhar quase de graça no purgatório brasileiro.
Trata-se de um verdadeiro atentado contra a Segurança Nacional, um cavalo-de-troia ultrajante, porque nada impede que os guerrilheiros-espiões cubanos, fantasiados de médicos, se unam às organizações de extrema esquerda do Brasil, junto com as FARC do Foro de São Paulo, de modo a criar focos de guerrilha, tanto rural, como urbana – o que já ocorre em alguns Estados, como Rondônia, Pará e Minas Gerais.
O Exército sofreu a humilhação de ser obrigado a dar hospedagem e comida aos integrantes do cavalo-de-troia cubano em seus quartéis, durante a fase de estágio, antes de eles seguirem para seus destinos. Aos médicos que irão trabalhar na Amazônia, principalmente compostos por cubanos, o Exército vai oferecer um estágio de guerra na selva, o que vale dizer que a instituição militar está formando guerrilheiros comunistas que mais tarde terá que combater. Do jeito que as coisas vão, não será surpresa se no próximo Dia do Soldado o comandante do Exército aparecer fantasiado com a farda de Fidel Castro e a boina de Che Guevara – obviamente acolitado por guerrilheiros cubanos camuflados de branco.
O Conselho Federal de Medicina e seus Conselhos estaduais também foram humilhados pela tirania petista e obrigados a conceder documentação aos médicos contrabandeados pelo PT, que não fizeram o Revalida, como manda a legislação brasileira. A ditadura petista está apenas começando e já provou que não tem limites, pois também aparelhou o STF, com advogados pró-PT, como Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Toffoli, de modo a inocentar os ladravazes do mensalão petralha. [A propósito, é possível que em 2014 o STF se pronuncie sobre o mensalão tucano, ou seja, sobre o processo que envolve o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo; em ano de eleição, seria o timing perfeito para tentar dinamitar a candidatura de Aécio Neves.]
Como as passeatas se tornaram cada vez mais violentas, a massa de manifestantes ordeiros não voltou mais às ruas. Hoje, as avenidas do centro do Rio e de São Paulo se tornaram um palco iluminado de terroristas, que a mídia insiste em chamar apenas de “vândalos”, os quais têm um único objetivo: depredar e incendiar tudo o que encontram pela frente. E a polícia, que apanhou dos manifestantes e da imprensa, faz corpo mole, tanto no Rio, como em São Paulo, deixando que a baderna se repita, sem fim. Só depois de tudo estar destruído é que a polícia põe os bandidos para correr, não prendendo ninguém - o mesmo vergonhoso esquema “espalha-bandido” feito pela PM nos morros cariocas, sem confronto, nem prisão de bandidos ou captura de armas, para instalação da farsa chamada Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Quando, finalmente, a polícia leva alguns incendiários para a delegacia, para prestar depoimentos, logo são soltos. Não faltam dezenas de “advogados de cadeia”, recrutados pela OAB local, para liberar de imediato quem deveria ficar longo tempo no xadrez. Na noite seguinte, num círculo vicioso sem fim, os terroristas voltam à cena do crime, cada vez mais fortalecidos e ousados.
Geraldo Alckmin que se prepare para 2014. “Vai ser o diabo”, como prometeu Dilma Rousseff. Não será surpresa se os chefões do PCC convocarem novamente seus assassinos para matar policiais e “tucanos”, e votar em candidatos do PT, como ocorreu em 2006, depois de São Paulo ser palco de atos terroristas de todos os tipos, com incêndios de ônibus, ataques a bala contra postos policiais, PMs e agentes penitenciários. Não foi mera coincidência a matança de mais de 100 policiais paulistas, em 2012, ter ocorrido num ano que elegeu o petista Fernando Haddad. Vergonhoso foi Alckmin não ter ido a nenhum desses funerais, de modo a prestar solidariedade às viúvas e aos órfãos dos militares. Na percepção de nossos governantes, militar é feito para levar chumbo.
Este é o Brasil atual, o país da impunidade por excelência, refúgio seguro de terroristas e de bandidos em geral. Por isso, nosso País ainda não tem uma lei antiterrorista para se proteger contra os “vândalos” das cidades e do meio rural (MST). Seria querer muito de uma presidente que um dia foi terrorista da VAR-Palmares, que pertence a um partido que é membro do Foro de São Paulo e abriga terroristas em nosso território, como o italiano Cesare Battisti e Olivério Medina, das FARC, e teve o descaramento de afirmar na Assembléia-Geral da ONU, no dia 24/09/2013, que “O Brasil sabe se proteger. Repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas”.

sábado, 12 de outubro de 2013

Brasil, um país católico.


“E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valorosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte”.
(Os Lusíadas, Camões – II estrofe).
As origens do Brasil estão ligadas ao espírito cruzadista do final da Idade Média e início da Idade Moderna nos séculos XV e XVI, fundamentado no ideal de expansão do Cristianismo para outros povos, realizado principalmente por portugueses e espanhóis. Lendo os diários de Colombo, as instruções dos reis para os colonos e tantos outros documentos fica provado que o ideal da expansão da Fé Católica foi elemento motivador da expansão marítima e colonização da América.
A Fé Católica sempre foi o fator de unidade, de construção da identidade do nosso povo. O marco inicial de posse do Brasil foi uma cruz, nosso primeiro monumento histórico. A primeira cerimônia foi a celebração de uma Missa, marco da fundação do Brasil. Durante o período colonial diversas ordens religiosas, como a dos jesuítas, heroicamente difundiram o catolicismo nas nossas terras. Vejamos, por exemplo, o trabalho do padre Anchieta, o Apóstolo do Brasil. Nas missões, no ensino, na Literatura, na fundação de São Paulo, na pacificação dos índios, na expulsão dos invasores franceses e em tantos outros trabalhos é um herói da nossa história.  Por tudo isso sempre tão querido pelos índios e em especial pela população mais pobre.
A religiosidade é o traço mais característico da História do Brasil. Todo o universo cultural construído nestes 500 anos de História está relacionado com o Cristianismo. Negligenciar tal influência, como fez a história marxista que interpretou toda a nossa história a partir do sentido econômico e de conflitos de classe é desconhecer o essencial dos nossos processos históricos, falsificar a nossa história, pois não sobra quase nada para além de influência cristã. As provas são evidentes. Observemos os documentos históricos, os nomes dos acidentes geográficos, das nossas cidades, a Literatura do padre Antônio Vieira, as construções de tantas igrejas, orgulho artístico do Brasil, os fatos históricos marcantes, como a expulsão dos holandeses protestantes do Nordeste brasileiro através da interseção de Nossa Senhora na batalha de Guararapes. Vejamos a própria vida cotidiana e a vida social. Tudo girava em torno das festas religiosas, das Missas de domingo, das novenas e cerimônias diversas, o que realmente dava sentido a vida das pessoas e aos poucos construía o sentimento de nacionalidade, antecedido pelo sentimento católico.
A própria Constituição de 1824, a primeira do Brasil, estabelecia o Catolicismo como Religião Oficial do país recém-independente. Continuava o princípio do Padroado, a profunda união entre Estado e Igreja. Os Documentos da Igreja, como as certidões de Batismo e de Casamento eram válidas como documentos civis e os princípios cristãos eram acatados pelo Estado, o que só foi mudado com a República, que criou o Estado laico, separado da Igreja. A devoção a Nossa Senhora, as festas religiosas e tantas outras expressões do Catolicismo continuavam sendo fatores de identidade do nosso povo. A mentalidade que orientava a vida das pessoas era cristã, sendo os seus fundamentos os 10 mandamentos. O ensino era religioso, a Igreja tinha prestígio, bispos e padres eram respeitados, venerados e considerados importantes autoridades em cada lugarejo, vilas e cidades deste país de dimensões continentais.
Mesmo com o advento da República e com as ameaças de ideologias modernistas, anarquistas, socialistas e liberais que tanto causaram danos à mentalidade cristã e estiveram por trás de tantas perseguições e ataques á Igreja no Brasil o catolicismo sobreviveu, adaptou-se às novas realidades históricas do século XX, superou crises e perdas de fiéis, mas continuou sendo um elemento característico da nossa cultura e a Igreja uma instituição privilegiada. O Estado brasileiro, na pessoa do presidente Getúlio Vargas e das principais autoridades republicanas reconheceu oficialmente Nossa Senhora Aparecida como a padroeira do Brasil, uma prova de tal prestígio. E a Igreja ainda detém grande credibilidade e o atual afervoramento da fé é uma realidade considerável nos dias atuais, o que cria expectativas para um futuro mais ligado ao passado, às nossas origens, mais religioso, mais valoroso e mais feliz.


JOSÉ ANTÔNIO DE FARIA