segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A estúpida provocação promovida pela neoditadura militar egípcia

Nesta terça, dois navios de guerra do Irã passarão pelo Canal do Suez, no Egito, o que não acontecia desde 1979, rumo à Síria, onde participarão de exercícios… militares!!!
Veja o mapinha aí, leitor! O canal é essa passagem que separou a Península do Sinai do Egito. Para chegar às águas territoriais da Síria, que ainda não desistiu de destruir Israel, os navios do Irã, que também promete destruir Israel, terão de passar pela costa  do país ameaçado — ou quase: para todos os efeitos, serão águas internacionais.
egito-isarel-siriaIsrael considera a passagem aquilo que é: uma provocação. Síria e Irã financiam o Hamas e o Hezbollah. Um movimento terrorista usa a Faixa de Gaza como base para atacar Israel; o outro integra o governo do Líbano!
Irrelevante? Acho que não! Parece ser esse um péssimo sinal. Em tese ao menos, o governo do Egito continua a ser o mesmo, só que sem Hosni Mubarak. A autorização para que os navios iranianos atravessem o Suez significa um sinal para Israel, com quem o país mantém um acordo de paz: “Nada será com antes!”. E não será — como aqui já se disse muitas vezes.
Se navios iranianos não transitavam por ali desde 1979, quando houve a revolução islâmica, menos ainda deveriam fazê-lo agora, quando o Irã desafia o mundo com o seu programa nuclear e não nega — embora tenha parado de afirmá-lo — que pretende destruir Israel.
A própria imprensa israelense tem dito que o país precisa ficar atento ao novo status que começa a surgir na região. Qualquer que seja o desdobramento, para Israel, será pior, sem dúvida. Uma coisa é o aumento da tensão. Outra, diferente, é uma provocação. E olhem que ela é precoce. Insisto: o establishment egípcio ainda é o mesmo da era Mubarak. Imaginem quando mudar, e a Irmandade Muçulmana, que será um partido, estiver fazendo seu proselitismo livremente.
Ao permitir a passagem, a quem os militares do Egito estão acenando? Eu aposto que não é à paz e à civilização!
Arnaldo Jabor escreveu outro dia que a “tragédia” é preferível à falsa paz de agora. Pois é… Sábias palavras, não é mesmo? Por que não a tragédia?
Por Reinaldo Azevedo

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